sexta-feira, 17 de junho de 2011

A palestra

Post acumulado segue no mesmo dia!

Participamos da palestra em SP no mês de maio. De tanto ler textos de quem já tinha participado, já imaginava o que seria apresentado. E encontrei isso mesmo... uma abordagem bem comercial mas com muita informação útil. É interessante a maneira como abordam as pessoas que estão interessadas em imigrar. O palestrante (Sr. Gilles) usa de bastante senso de humor para tratar de assuntos importantes como a segurança de quem vive no Quebéc e a questão de imigrantes terem direitos iguais aos dos cidadãos canadenses (com exceção de direito ao voto e passaporte). A platéia é bastante reativa (mais do que eu esperava) e creio que são boas informações iniciais para quem não tinha pesquisado nada a respeito ainda. Para o meu marido foi uma injeção de ânimo, afinal ele tem menos tempo que eu para pesquisas on line, fica sabendo dos detalhes porque eu conto o que leio por aí.

Vamos aos pontos que marquei como interessantes no meu caderninho:

- 62% dos quebequenses têm moradia própria. Achei um ótimo índice!
- Existem monitores nas escolas dedicados a receber crianças imigrantes e fazer com que se adaptem ao sistema educacional e ao idioma. Excelente! Mas vou me informar a respeito...
- As ordens (ou conselhos) das profissões são extremamente restritos, e médicos, farmacêuticos e psicólogos (foram os exemplos que ele citou), somente conseguiriam empregos em empresas privadas, não poderiam clinicar. Por isso insistiu que todos procurem se informar sobre o conselho que rege a sua profissão antes de ir, para se preparar.
- Os prazos: Do envio do dossiê até a entrevista: estimado em 4 meses. Depois que fizer a entrevista e estiver com o CSQ em mãos o candidato tem um ano para dar entrada no processo federal. Depois que receber o visto, tem um ano a partir da data dos exames médicos para fazer o landing. Para obter a cidadania é necessário ter passado 3 anos no Canadá (excluem-se os dias que viajou a turismo ou a trabalho para outro país). Para não perder o visto de residente permanente (PR card), é preciso ter ficado no Canadá por pelo menos 2 anos dentro de um total de 5 anos, aí se pode renovar o PR card.
- No momento do envio do dossiê os dados são congelados, e portanto não é bom ainda estar cursando uma graduação ao enviar os documentos. É melhor terminar o curso e depois enviar.  Aceitam certificado de conclusão, pois sabem que o diploma no Brasil leva até 1 ano pra ser emitido.O mesmo vale para idade: existe uma pontuação máxima para o quesito idade, para quem tem até 35 anos. E depois se perde um ponto para cada ano de idade acima de 35 anos. Quem passou dos 43 não pontua, mas também não perde pontos. Portanto é bom se programar para o processo considerando também a sua idade na data em que pretende enviar os documentos.
- Pós graduação: consideram mestrado e doutorado como pós graduação. Não adianta ter cursos de gestão de qualquer coisa porque não vão contar como pontos na parte de educação. Talvez sirvam sim pra ajudar a encontrar emprego, mas não adiantam nada no processo.
- Experiência profissional: São considerados os últimos 5 anos. E precisa ter comprovação. Pessoa jurídica: contrato de trabalho ou notas fiscais emitidas, ou ainda os impostos declarados. Para quem é CLT: carteira de trabalho ou declaração do empregador que comprove o trabalho. Ah, e consideram tempo de estágio como experiência profissional, inclusive bolsas de pesquisa (CNPQ, Fapesp).

Outro ponto abordado foi o acordo de reciprocidade que passou a vigorar no ano passado entre Brasil e Canadá, com relação à aposentadoria. Achei muito interessante e ainda não tinha lido a respeito. Entrou pra listinha do “to read”.
Sobre línguas: francês pontua 3 vezes mais que o inglês, mas não é preciso estar com o francês fluente na hora da entrevista, desde que você tenha garantido pontos em outros quesitos (educação, idade, família, etc).
Agora é pesquisar mais e mais. E  começar a juntar a lista de documentos. Boa sorte aos que, como nós, estão iniciando a sua jornada!!

Tudo ao mesmo tempo agora.

São muitas emoções em um curto espaço de tempo...
A decisão de imigrar foi tomada. Inscrição na palestra de imigração feita e matrícula no curso de francês.  Isso era o que conhecíamos do nosso futuro até aquele momento.  E de repente vem a notícia, a tão esperada notícia de que a família vai aumentar.
Uaaauu!!! Frio na barriga. Quer dizer... algo a mais além do frio habita nesse momento a minha barriga. Nosso bebê, tão desejado, resolveu vir agora, depois de mais de um ano de tentativas, depois de tanto pensarmos que nossos filhos nasceriam no Canadá! Alegria imensa, uma mistura de sensações maravilhosas. E a certeza de que ele vem pra reforçar ainda mais os nossos planos, vem pra nos dar energia pra seguir. Se bem que tem tirado minhas energias e me dado muito sono nas últimas semanas.
Seguimos com os planos de imigração e pretendemos dar entrada no processo Quebéc no início do ano. O bebê deve nascer em janeiro e portanto, se tudo der certo como estamos planejando, ele (ou ela) irá para o Quebéc com 1 ano e meio mais ou menos... Canadá que nos aguarde, agora seremos 3!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aulas de Francês

Nem assistimos a palestra sobre imigração ainda e já nos matriculamos no Francês.
Serão 150h em 6 meses, intensivão! Pra quem nunca teve contato com a língua, vai ser um mundo totalmente novo...
Aliás, quem sabe o francês não resolve passar lá onde o inglês mora e fazer com que ele volte às nossas memórias? Seria tão bom voltar a trabalhar em uma empresa onde eu usasse o inglês diariamente, como acontecia há alguns (dois) anos atrás....
Enfim, depois eu volto pra contar sobre entrevista e sobre as primeiras aulas de Francês!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Palestra em SP

Primeiro passo do resto de nossas vidas (uau!): Palestra do BIQ agendada em SP. Espero poder tirar muitas dúvidas que estão pipocando a cada 5 minutos na minha cabeça.
Claro que ainda tenho que ler todo o site deles pra levar somente dúvidas pertinentes, pois como eles mesmos colocam: 'O excesso de perguntas tem causado lentidão no sistema, portanto informe-se antes'. Ok, ok. Entendido.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um desabafo pra começar...

Ao longo das últimas semanas tenho lido muitos blogs de pessoas que já foram, e muitos de pessoas que ainda estão se preparando para deixar o Brasil rumo ao Canadá. E quando se começa a ler sobre a quantidade de mudanças que um processo como esse traz à vida de uma pessoa surge uma pergunta: qual a razão?
Não existe uma regra, cada um tem seus motivos para buscar essa mudança. Há os que querem mais respeito como cidadãos, ou os que querem que seus filhos vejam na prática que vale a pena ter seus valores, ser uma pessoa honesta, do bem. Há os que desejam viver em uma comunidade onde realmente se vive em comunidade, pensando menos no próprio umbigo. Os que fogem da violência porque já foram vítimas, ou porque não suportam mais ler as manchetes do jornal. Há também aqueles que não suportam mais pagar seus impostos em dia e não ter como usar o serviço público, o sistema educacional público ou colocar seus carros (cujo imposto também está pago) em estradas com boas condições de conservação e seguras. Enfim, os motivos são muitos, mas o conjunto deles é o que te leva a buscar essa alternativa, e esse conjunto é só seu e de mais ninguém.
Já fui adepta do discurso “cada um tem que fazer a sua parte”. Acreditava que se eu praticasse o discurso, e espalhasse a idéia, tudo ficaria bem. Não tenho filhos ainda, mas já sinto que não seria bem assim, pois o exemplo não pode vir só de casa. Tem que vir da escola, do governo, das ruas. Ser cidadão, respeitar o próximo e a comunidade em que se vive não se aprende só em casa.
Enfim, esse foi o desabafo de uma pessoa cansada de ver a situação que vejo hoje aqui no Brasil. Amo meu país, fui criada aqui com muito orgulho, meus pais se esforçaram ao máximo pra dar a mim e aos meus irmãos uma educação digna. Já acreditei que tudo poderia melhorar, já tive esperanças bem maiores do que hoje. Claro que nem todo mundo é corrupto ou bandido ou sei lá o que, não estou generalizando. Certamente, para onde quer que eu vá, não vai existir um paraíso.  Mas com alguns dados nas mãos é possível fazer comparações que me levam a crer que a situação é melhor.
Se não consigo melhorar onde estou “fazendo a minha parte”, eu me mudo em busca de um cenário mais otimista. Parece até egoísmo, mas acho que não é não...

terça-feira, 10 de maio de 2011

E como começa?

Bom, eu nunca tive um blog. Nunca publiquei nada, então não sei muito bem como começar...
Acho que é começando, né...